08 noviembre, 2011

Auszeit

Vavá pega almorço no balcao, ele lê um journal de treis dias atras. Quando pergunto-le "como esta?" ele responde tranquilo "hoje tranquilo", riu e ele tambem, está tudo mundo tranquilo hoje...
O gallego não esta, foi a Fortaleza, tem negocios e outras coisas, um poco tambem pra mudar o ar, trocar o ambente e dar respiro à gente. A Clemilda va e viene, com um olho para cada lado, ela se desdobra entre a limpeza e a cozinha, mas hoje fica mais de 3 horas fazendo a limpeza da cozinha, tem muita bagunça, de manhá pegaram café como 10 alemaes e eles comem como se estivessem em guerra o se preparando pra uma. O velho   inglese Peter quasi cae sim quer na piscina, e o mais velho kiter que conheci por agora; fala espanhol, so um poco, ama Buenos fuckin Aires, conta-me que viaja duas vezes pelo ano pra Argentina. Gosta da cidade. Marlene caminha com seu passo cansado, arrastra as penas da separaçao de seu esposo, ele foi a Recife para trabalhar e agora ficaram separados por um tempo. Ela tem uma saudade que nao parece brasileira, é mais tristeza que outra coisa. Pasadas as 11.30 chega a Bomba Rita, a cozinhera, "professional", como ela gosta de afirmar tudo tempo, ela vem gritando, a voz dela é assim, nao precisa de elevar o tom, ela tem un tom chillón, ela é robusta e forte, com caráter e boa mao pra cozinha. Hoje faz feijoada e os alemaes gostam muito da sua comida. Enquanto comença cozinhar arriva Wili, o filho de Dona Rosa, a mulher da limpeça da pousada dos vascos, ele tem dois olhos gigantes que pidem a gritos mais amor; seu pae nao vive com ele. Wili vem tudos meiodias, depois da escola, a brincar com eu. Saludo ele como sempre "Wili meu amigo", ele ri mas não diz nada, fala pouco, mas quando ele entra na piscina começa a rir e gritar a vontade. Vavá ja está pegando a sesta na rede, não sei como ele faz porque a música é alta suficiente como para nao deixar dormir. 
Os alemaes vam embora, algums são mais simpaticos...
Penso em pegar a sesta, mais soamente penso a sesta, cuando estou na rede o sonho fuge e o vento empuxa ao mar... Não penso mais.

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